quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Horário eleitoral chega ao fim nesta quinta-feira


Os candidatos ao Governo do Distrito Federal, ao Senado e à Câmara Legislativa tiveram ontem a última oportunidade para conquistar o voto do eleitor nos programas veiculados no rádio e na televisão. Como a lei eleitoral proíbe a propaganda política (1)nas 48h que antecedem as eleições, o horário eleitoral termina hoje com a exibição dos programas dos postulantes a presidente do Brasil e à Câmara Federal.

Dos seis candidatos ao Palácio do Buriti, pelo menos quatro aproveitaram a última aparição no horário eleitoral para criticar o líder nas pesquisas, Agnelo Queiroz (PT). A mais nova postulante, Weslian Roriz (PSC), que substituiu o ex-governador Joquim Roriz (PSC) na disputa, explorou o “sacrifício” que está fazendo “em nome do amor” que sente pelo marido para tentar chegar ao cargo máximo do Executivo local. No programa, foram exploradas imagens dela distribuindo cestas básicas e sopa para pessoas carentes. Joaquim Roriz, seu principal cabo eleitoral, marcou presença. “É a maior prova de amor que ela (Weslian) poderia ter dado a mim e ao povo do Distrito Federal. Agradeço a população que a tem recebido com carinho e respeito. Eu, mais do que ninguém, conheço sua seriedade e capacidade de fazer o bem para o povo”, declarou Roriz. Hoje, os concorrentes ao GDF terão apenas pequenas inserções no rádio e na televisão.

A Lei da Ficha Limpa deu o tom ao programa do petista Agnelo Queiroz que reforçou também o fato de a sua concorrente, Weslian Roriz, ainda não ter conseguido ter a candidatura aprovado pelo TRE. A afinidade com o presidente Lula e com a candidata Dilma Rousseff (PT), também líder nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, foi explorada com imagens dos três juntos em comícios. Diferentemente dos adversários, o último programa de Agnelo destacou as propostas de programa de governo: bilhete único, melhoria do transporte público, creche e policiamento inteligente. “A população não quer ver velhos erros do passado. Não podemos permitir que Brasília fique paralisada em crises”, afirmou o candidato petista.

Ataques
A coligação de Agnelo Queiroz com o PMDB de Tadeu Filippelli, seu vice na chapa, foi alvo de dois concorrentes: Toninho do PSol e Eduardo Brandão (PV). O primeiro, criticou a coligação e levou para a TV sua vice na chapa. “Diferente do Agnelo, tenho muito orgulho da Tete, nossa vice- governadora na chapa do PSol”, disse Toninho. “Somos diferentes. Peço seu voto, um voto contra a corrupção e em defesa do orgulho dos nossos filhos”, completou.

Já Eduardo Brandão afirmou que a caminhada dele como candidato “é a caminhada dos que não fazem coligações oportunistas. Ela é mais difícil, porém, mais gratificante”, avaliou e pediu ao eleitor que leve as eleições para o segundo turno. Brandão também pediu votos para Marina Silva (PV), que disputa a Presidência da República.

Os candidatos Rodrigo Dantas (PSTU) e Newton Lins (PSL) atiraram para todos os lados. Dantas recorreu a imagens até de candidatos ao GDF e à Presidência da República para sugerir aos trabalhadores a não votarem em quem tem “a campanha financiada por grandes empresários e banqueiros”. O segundo, relacionou as cores azul e vermelho, tons das campanhas de Weslian e Agnelo à “cosas antigas”. “Aqueles que não sabem ou não desejam coisas antigas, votem 17. Deixe a indecisão para coisas menos importantes”. Frank Svensson reforçou a luta do partido contra o capitalismo.

Caso a definição das eleições ao Palácio do Buriti vá para segundo turno, a propaganda eleitoral terá início 48h após a proclamação do resultado e, no máximo, em 16 de outubro. Serão 40 minutos diários, sendo 20 minutos na hora do almoço e o restante à noite. Esse tempo poderá ser reduzido à metade, caso a escolha do futuro ocupante do Palácio do Planalto também seja adiada para 31 de outubro. Nesse caso, a disputa contará com quatro concorrentes — dois ao GDF e dois à Presidência — e cada um terá 10 minutos diários para propaganda eleitoral no rádio e na televisão em dois tempos de cinco minutos.


1 - Proibições
É proibida a propaganda política no rádio e na televisão, assim como comícios ou reuniões públicas desde 48h antes e até 24h depois da eleição. São vedadas, a partir das 22h de sábado até o fim da eleição, domingo próximo, a distribuição de material gráfico, caminhada, carreata, passeata ou utilização de carro de som divulgando jingles ou mensagens de candidatos.

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