Mais de 3,7 mil alunos e professores atendidos e o projeto de saúde escolar da rede de ensino pública de Caicó chega a um ano de atuação, levando exames e consultas de saúde visual, vocal, bucal e auditiva para dentro das escolas. No contato semanal com os diferentes bairros e distritos do município, adaptações na operacionalização e adequação à realidade de cada local visitado contribuíram para uma maior eficácia e qualidade das ações desenvolvidas.
“Como se trata de uma ideia pioneira na região, a primeira etapa foi marcada por adaptações. É a primeira vez que o município recebe um projeto como esse, com ações de promoção e prevenção e também de tratamento e cura de doenças nas escolas. Mas a vivência só muniu de estratégias a vontade e preparação já existentes na equipe”, destaca o fonoaudiólogo Terciano Bezerra, coordenador operacional do projeto Saúde na Escola.
Outro ponto visto como positivo por todos que compõem a organização do projeto é a parceria de sucesso entre a equipe da Secretaria Municipal de Saúde e o Instituto Pedro Cavalcanti (IPC), ONG executora das ações de saúde vocal e auditiva nas instituições.
“É um trabalho feito em conjunto e que se completa. Antes da visita dos especialistas do instituto, para a realização de consultas e exames, as escolas recebem a equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF), que promovem palestras e orientações, sensibilizando alunos e professores sobre a parte de prevenção de doenças”, destaca a coordenadora geral do Programa Nacional Saúde na Escola (PSE) na prefeitura de Caicó.
Acompanhando as férias dos estudantes, as ações do Saúde na Escola entraram em período de recesso, na última semana, e o cronograma de visitas será retomado com a volta às aulas no município. O momento agora é o de balanço de dados e informações coletadas, que servirão para o planejamento de novas etapas de atendimentos.
Dentro dos números já fechados, sabe-se que as alterações visuais foram as de maior incidência entre os estudantes. Somente no primeiro semestre de consultas do projeto, 455 alunos foram diagnosticados com problemas visuais e necessitaram do encaminhamento para o uso de óculos.
No caso dos professores, dos 277 atendidos, no último semestre do ano passado, 51 apresentaram problemas vocais e foram encaminhados para tratamentos específicos em unidades de referência da rede de saúde de Caicó.
“O maior número de encaminhamentos foi para exames gástricos, pois a grande parte dos profissionais identificados apresentaram sintomas de refluxo gastroesofágico, principalmente pelos maus hábitos alimentares”, comenta Terciano Bezerra.
Sobre o projeto
Quinzenalmente ou semanalmente, uma escola municipal diferente recebe a visita de equipe de profissionais de saúde do Instituto Pedro Cavalcanti e da Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município, munida de todos os equipamentos necessários para a realização de exames e consultas no próprio local.
Durante os atendimentos, aos alunos são oferecidos exames de audiometria, imitanciometria, otoemissões e testes de acuidade visual, além de ações preventivas de saúde bucal, em parceria com os profissionais do PSF. Aos professores, são disponibilizados exames de espectrografia vocal, como também orientações sobre cuidados diários com a voz em sala de aula.
No caso da identificação de alterações no momento da triagem auditiva e visual, os estudantes recebem o encaminhamento, para a realização de consultas e exames mais específicos em unidade de referência da rede de saúde e na Unidade de Pesquisa e Diagnóstico Avançado e Tratamento Especializado (UPDATE) do programa de saúde auditiva do município.
Já os professores diagnosticados com alterações vocais são encaminhados para a realização de exames complementares e fonoterapia no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) de Caicó.
Assessoria de Imprensa IPC
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