terça-feira, 20 de setembro de 2011

Mais de 74 milhões dos brasileiros adquirem produtos de pirataria

Imagem Ilustrativa
Só falta o tapa-olho e a perna de pau. O consumo de pirataria anda solto entre os brasileiros. Duvida? Pois o número de pessoas que afirmam já ter comprado um “genérico” em 2011 é maior do que a quantidade que nega ter comprado. É o que mostra uma pesquisa realizada em 70 cidades do país pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) em parceria com o instituto Ipsos. O placar ficou em 52% contra 48%. Foi a primeira vez que os adeptos da pirataria venceram desde que o levantamento começou a ser feito, em 2006. Em números absolutos, 74,3 milhões de brasileiros levaram um pirata para casa em 2011.


Os dados foram divulgados ontem e trazem outro número, no mínimo, intrigante. Os maiores compradores de pirataria, vejam só, são os consumidores das classes A e B. De acordo com a pesquisa, os brasileiros do topo da pirâmide aumentaram em dez pontos percentuais a compra dos produtos piratas. No ano passado, 47% disseram que compraram piratex. Agora foram 57%. Entre os consumidores da classe C, 52% disseram ter adquirido um falsiê. A menor proporção ficou entre o pessoal das classes D e E (44%). Com dinheiro ou sem dinheiro na conta bancária, “o preço mais em conta” segue como a principal justificativa dada para a compra dos genéricos.


A desculpa de que os piratas são mais fáceis de serem encontrados aparece em segundo lugar, empatada com a de que os genéricos ficam disponíveis antes dos originais. O governo federal estima que a pirataria provoca um prejuízo de cerca de R$ 30 bilhões em impostos por ano. Também reduz a geração de dois milhões de postos formais de trabalho. Quem compra o produto falsificado tem consciência sobre a prática ilegal e os prejuízos. Entre os entrevistados, 78% acham que a pirataria alimenta a sonegação de impostos. Já 74% falaram que a prática prejudica o comércio. E 61% concordaram que ela causa desemprego.


CDs (81%) e DVDs (76%) continuam os campeões de compras. Depois vêm as roupas (11%) e os óculos (10%). Seguindo com a lista de preferências aparecem os calçados, bolsas e tênis (7%). Com os mesmos 7% vêm os equipamentos eletrônicos e os relógios. Entre as classes A e B, depois da dupla CD/DVD, a preferência é pelos brinquedos. Mas, eles nem sempre são garantia de diversão e podem machucar as crianças.


Fonte: Portal DN Online

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