Figurando entre os melhores mercados na área de pet shop em todo o Nordeste do Brasil, o consumo apenas de ração para animais na capital potiguar passa da casa das dezenas de toneladas, por mês. Apenas de alpiste - ração destinada à aves, que estão entre os animais menos criados, perdendo de longepara cães e gatos - são vendidos nas lojas especializadas mais de 3.000 quilos a cada mês. O crescimento da área pode ser confirmada por quem há mais de 15 anos está no ramo, sendo um dos mais antigos em Natal. "O mercado cresceu de forma exorbitante, não só no RN, mas no mundo inteiro. Em termos de inovação, a área de pet shop é líder, sem sombra de dúvida", afirma o empresário Heiner Brandão, proprietário de uma rede de lojas pet shop em Natal. Em suas três lojas, espalhadas pela Zona Sul de Natal, são vendidas mensalmente entre 8 e 10 toneladas de ração para animais.
Os cães e gatos, em especial, cada vez mais alvos de mimos e cuidados diferenciados, proporcionados tanto pelas empresas como pelos próprios donos dos animais, até mesmo na área médica e na alimentação. "Só para se ter uma ideia do quanto o mercado evoluiu, hoje há rações para animais diabéticos, cardíacos e com problemas renais, por exemplo. O que os donos pedem, os animais necessitam, o mercado oferece", explica Heiner. Uma das últimas pesquisas de mercado na área de pet shop no Brasil, realizada em 2005, apontava que já naquele ano o volume de negócios seria de R$ 6 bilhões. Nestes últimos anos, o mercado cresceu em média 17% ao ano, um número considerado bastante alto. Com este crescimento, o país posicionou-se entre os três maiores consumidores de produtos de pet shop em todo o mundo, em especial na área de pet food, com a produção de mais 3 bilhões de toneladas de ração.
As recentes mudanças sociais e econômicas ocorridas no Brasil, para Heiner Brandão, também contribuiram para o forte crescimento das pet shop. "Os idosos, em número cada vez maior no país, passaram a ter os animais como companheiros, investindo nos cuidados. Da mesma forma funciona com as pessoas solteiras e as crianças, que ficam muito tempo a sós em suas casas. Assim, os animais deixaram de serem apenas animais e agora são companheiros, os grandes amigos de muitas pessoas, inclusive", explicou o empresário, que também mora só e tem como companheiros os seus próprios animais.
Investimento
Todos os produtos e pet foods ofertados nas inúmeras lojas pet shop espalhadas pela cidade, apesar de todo o benefício que chegam a trazer pesam no bolso dos donos de animais de estimação. Dona de três cães - Polo, Nina e Pitucha - a professora Cláudia Oliveira, apesar de não ser uma adepta de muitos mimos, reserva uma parte do seu orçamento destinado, principalmente, a alimentação e higiene dos animais. Enquanto deixava o poodle mestiço Polo, de 5 anos, para ser tosado e tomar banho, a professora já pesquisava, dentre outras coisas, um saco de ração light para os outros dois animais.
"Todos os três, no mínimo uma vez por mês, são levados para tomar banho e serem tosados. O resto dos dias eu mesma que dou banho, em casa. Mas só compro e uso o que é realmente necessário" afirma a professora, que já teve vários animais, desde a adolescência. Somente com banho e tosa da trio, Cláudia gasta por mês em torno de R$ 75. Os outros gastos giram em torno de alimentação, medicamentos e acessórios, como coleiras. "Somando tudo fica em torno de R$ 200, porquê compro apenas o básico para os cães, não sou adepta dos luxos", explica Cláudia.
Os serviços de banho e tosa já chegam a funcionar de uma forma aproximada aos mais chiques salões de beleza. Inúmeros produtos são utilizados para cuidar de cães e gatos, que podem hidratar os pêlos como fazem os humanos. "A evolução dos produtos de beleza para animais é tremenda, supera em muito os salões de beleza", aponta Heiner Brandão.
Do DN ONLINE
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