Quando a vaidade do intelectual natalense é espremida, o caldo sai grosso e apimentado. Uma crítica à obra produzida via de regra sai indigesta ao autor, mesmo uma análise construtiva. E dessa inibição à crítica cultural na cidade - movida pela vaidade e intolerância intelectual - advém um dos fatores à falta de uma ambiente cultural consolidado na cidade. É o que defende o jornalista e professor Laurence Bittencourt no livro Por Que Não o Que é Nosso? (Editora Sol, R$ 30).
A intenção do autor é preencher esta lacuna na imprensa e no meio intelectual potiguar. E Laurence mexe em algumas feridas e carências na estrutura organizacional da cultura local. O livro - lançado às 19h de amanhã, na Livraria Siciliano (Midway) - foi concebido após viagem a São Paulo. "Quando voltei a Natal senti falta da crítica especializada em jornais, do apoio do poder público e da iniciativa privada e desse conjunto necessário à uma base cultural consolidada".
Laurence é mestre em Literatura Comparada e leitor compulsivo. No livro, a situação local é contextualizada sob parâmetros nacionais e internacionais. Se são citados a companhia teatral Clowns de Shakespeare ou o diretor João Marcelino, as referências comparativas são Bertold Brecht, Bernard Shaw e o teatro grego e moderno. "Li muito sobre teatro quando estive em São Paulo para minha especialização em jornalismo e dediquei uma das duas partes do livro apenas a esse assunto", comentou.
A outra se derrama nas variadas vertentes artísticas: os gêneros literários, as artes plásticas "Falo de Leopoldo Nelson, Franklin Jorge, Dorian Gray, assim como cito Joyce e outras referências". A poeta Zila Mamede é a única figura a merecer crítica exclusiva. "Falta maior penetração nossa no cenário nacional pela falta de crítica, de uma base cultural para pensar nossa produção artística. Isso fortalece, solidifica a produção cultural da cidade".
Há três anos Laurence escreve em jornais e já criou animosidades com alguns "criticados". "Precisamos da crítica especializada. Por mais negativa a crítica construtiva, ela mobiliza discussão em torno do tema", disse, e continua: "Faltam colunas especializadas nos jornais, estrutura ao repórter acompanhar uma peça ou um show à noite. O empresário poderia contratar um artista local para propagandas e gerar emprego e renda, o poder público podia dar cachês mais comparativos aos artistas nacionais. Porque viver bem da arte é também consolidar a arte". O livro tem prefácio do escritor Nei Leandro de Castro e contracapa com apresentação do escritor Charles Phelan.
A intenção do autor é preencher esta lacuna na imprensa e no meio intelectual potiguar. E Laurence mexe em algumas feridas e carências na estrutura organizacional da cultura local. O livro - lançado às 19h de amanhã, na Livraria Siciliano (Midway) - foi concebido após viagem a São Paulo. "Quando voltei a Natal senti falta da crítica especializada em jornais, do apoio do poder público e da iniciativa privada e desse conjunto necessário à uma base cultural consolidada".
Laurence é mestre em Literatura Comparada e leitor compulsivo. No livro, a situação local é contextualizada sob parâmetros nacionais e internacionais. Se são citados a companhia teatral Clowns de Shakespeare ou o diretor João Marcelino, as referências comparativas são Bertold Brecht, Bernard Shaw e o teatro grego e moderno. "Li muito sobre teatro quando estive em São Paulo para minha especialização em jornalismo e dediquei uma das duas partes do livro apenas a esse assunto", comentou.
A outra se derrama nas variadas vertentes artísticas: os gêneros literários, as artes plásticas "Falo de Leopoldo Nelson, Franklin Jorge, Dorian Gray, assim como cito Joyce e outras referências". A poeta Zila Mamede é a única figura a merecer crítica exclusiva. "Falta maior penetração nossa no cenário nacional pela falta de crítica, de uma base cultural para pensar nossa produção artística. Isso fortalece, solidifica a produção cultural da cidade".
Há três anos Laurence escreve em jornais e já criou animosidades com alguns "criticados". "Precisamos da crítica especializada. Por mais negativa a crítica construtiva, ela mobiliza discussão em torno do tema", disse, e continua: "Faltam colunas especializadas nos jornais, estrutura ao repórter acompanhar uma peça ou um show à noite. O empresário poderia contratar um artista local para propagandas e gerar emprego e renda, o poder público podia dar cachês mais comparativos aos artistas nacionais. Porque viver bem da arte é também consolidar a arte". O livro tem prefácio do escritor Nei Leandro de Castro e contracapa com apresentação do escritor Charles Phelan.
Serviço
Lançamento literário
Livro: Por que não o que é nosso?
Autor: Laurence Bittencourt
Local: Livraria Siciliano (Midway)
Data e horário: amanhã, às 19h
Preço: R$ 30
De Sérgio Vilar para a Redação do DIARIODENATAL.COM.BR
Nenhum comentário:
Postar um comentário