Em uma manhã de fevereiro de 1971, quando um jovem de 19 anos chamado John Deacon entrou em uma sala do Imperial College, em Londres, ele não podia imaginar que estaria prestes a embarcar em uma das maiores bandas que o mundo já viu. Lá, outros três caras esperavam, para mais um teste com um baixista. Dois deles, o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor, eram ex- membros do Smile, uma banda underground de blues cuja maior glória até então era ter feito um show lotado em uma convenção de mães solteiras. O outro era um jovem parsi chamado Farrokh Bulsara, mas que, consciente da dificuldade da pronúncia de seu nome, atendia pelo nome Freddie e era fã número um da antiga banda dos companheiros.
Apesar do trio já ensaiar junto desde o ano anterior, eles vinham enfrentando problemas constantes com baixistas. A entrada de Deacon consolidou a formação do quarteto, que resolveu oficializar a data como a fundação da banda que já tinha até nome: Queen. O resto da história, todo mundo sabe. Embalados pela presença de palco marcante de Freddie Mercury e por composições de qualidade, como Bohemian rhapsody, Somebody to love, We are the champions, We will rock you, Another one bites the dust, Under pressure e The show must go on, o Queen logo arrebanhou fãs em todos os lugares do mundo e vendeu mais 300 milhões de cópias dos seus 15 discos de estúdio e de álbuns ao vivo e compilações. O impacto que o quarteto causou influenciou nomes de estilos distintos ao longo dos anos, como Nirvana, Metallica, George Michael, Kansas e os atuais Lady Gaga, Mika e Muse.
Agora, 40 anos depois, uma série de atividades e eventos comemora o aniversário de uma das maiores bandas de rock da história. A principal será o relançamento de toda discografia do Queen em 2011. Depois de passarem a carreira inteira na gravadora EMI, a banda teve os direitos vendidos para a Universal, que preparou tratamento de luxo para os álbuns, que serão remasterizados e irão ganhar embalagens e encartes especiais.
Os dois volumes da coletânea Greatest Hits já estão disponíveis e os cinco primeiros discos da carreira do grupo, Queen, de 1973, Queen II e Sheer Heart Attack, de 74, A Night At The Opera, de 75 e que conta com o sucesso Bohemian rhapsody e A Day At The Races, de 76, serão os próximos. Todos estes chegam às lojas já em março e os outros discos serão lançados ao longo do ano.
Na telona
Três filmes também estão previstos para a comemoração. Sacha Baron Cohen, o eterno Borat, já está escalado para interpretar Freddie Mercury em um filme que vai contar a história do Queen do início da banda ao show no Live Aid, em 1985. O sofrimento do cantor com a Aids, que acabou o matando em 1991, vai ficar de fora. As filmagens começam em 2011, mas não se sabe ainda se o filme vai ficar pronto ainda este ano.
Outro é um documentário que a BBC está preparando, contando com imagens inéditas do extenso arquivo da emissora. E em janeiro, Brian May e Roger Taylor anunciaram no site oficial da banda que o musical We will rock you, também ganhará uma adaptação para o cinema.
Uma grande exposição, em Londres, completa as comemorações. Prevista para durar entre 25 de fevereiro e 12 de março, a mostra Stormtroopers in Stilettos vai cobrir o período inicial do grupo com objetos, roupas e claro, muita música. Bem do jeito que o Queen merece.
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