quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Nordeste é a região que mais reduziu o analfabetismo, diz Ipea

O Brasil tem cerca de 14,1 milhões de analfabetos; mais da metade deles (7,3 milhões, ou 51,7%) vive no Nordeste. Mesmo com a maior taxa de analfabetismo do país, a região foi a que resolveu o problema de maneira mais significativa.
Em cinco anos (de 2004 a 2009), o Nordeste diminuiu em 8,2% o número de analfabetos em sua população. Isso é mais do que a média do Brasil (queda de 7%), e das regiões Sudeste (6,6%), Centro-Oeste (1,6%), Norte (5,1%) e Sul (5,6%).
A análise foi feita pelo Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), com base em dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). A pesquisa considera como analfabetas as pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever.
O estudo mostra também que há cinco anos, oito Estados nordestinos registravam taxas de analfabetismo superiores a 20%. Em 2009, apenas três continuavam com mais de um quinto da população sendo analfabeta.
Vale lembrar que, apesar do avanço significativo, o Nordeste é a região com maior número de analfabetos do país. Dessa forma, é natural que qualquer mudança neste quadro cause efeitos de grandes proporções.
O Norte, segunda região com menor renda por habitante, tem 1,1 milhão de analfabetos; o Centro-Oeste tem outros 839 mil. A região Sudeste, a mais rica e populosa do Brasil, tem apenas 3,6 milhões de analfabetos, menos da metade do Nordeste; e o Sul, 1,2 milhão.
Alagoas
A situação em Alagoas é bem complicada. O Estado registra a pior taxa de analfabetismo do país: 24,6%.
O número corrobora a avaliação de que o ensino alagoano é um dos mais atrasados do país. Nesta semana, outro relatório sobre a educação no Brasil indicou que a população desse Estado sofre com a precariedade do ensino. No Pisa, documento da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), Alagoas teve o pior desempenho do país.
Mas, assim como o restante do Nordeste, Alagoas tem apresentado uma boa evolução. Em 2004, o Estado registrava taxa de 30% de analfabetismo, e a população era menor do que hoje. Agora, mesmo com o aumento de quase 240 mil pessoas no Estado, há 43 mil analfabetos a menos.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, fez uma avaliação da situação do ensino no Nordeste, ao comentar o relatório do Pisa.
- É muito injusto cobrar do Norte e do Nordeste um desempenho equiparável com os do Sul e do Sudeste [em termos de educação], sabendo que só muito recentemente nós estamos dando as condições para que Estados nessas regiões possam formular políticas educacionais consistentes. Não há milagre. Você tem que ter recurso [para melhorar a educação].
Do R7

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