De acordo com um interessante artigo publicado pelo site Discovery News, cientistas da Universidade de Dundee, na Escócia, sugerem que há 500 milhões de anos uma criatura sem espinha dorsal e que habitava o fundo dos oceanos sofreu uma mutação genética que, eventualmente, desencadeou o processo de evolução que levou ao surgimento dos humanos e de muitos outros animais.
Segundo os pesquisadores, organismos que se reproduzem sexualmente normalmente apresentam duas cópias completas de genoma, uma proveniente do pai e, a outra, da mãe. O que ocorreu há 500 milhões de anos foi um erro durante esse processo, fazendo com que um animal invertebrado recebesse o dobro de genes que o normal, em uma mutação que foi se repetindo em outras gerações.
Bendito erro
Esse “erro” provocou uma melhoria no sistema de comunicação celular, levando esses organismos a apresentar uma incrível capacidade de integrar informações. Entretanto, os cientistas encontraram evidências — datando do Cambriano — de que essa mutação também pode ter dado origem às proteínas responsáveis pelo desenvolvimento de diversas doenças, como a diabetes, o câncer e algumas disfunções neurológicas.
O foco da equipe agora é pesquisar os tipos de proteínas que causam disfunções neurológicas e o melanoma, com o objetivo de encontrar uma conexão entre essas substâncias e os eventos genéticos ocorridos no passado. Conforme explicaram os pesquisadores, tal descoberta pode oferecer um novo entendimento sobre a evolução humana e os mecanismos de desenvolvimento de inúmeras doenças.
Fonte: TecMundo
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