Os servidores do IFPB Campus Picuí aderiram a greve e param suas atividades a partir desta Sexta Feira dia 05/08. Os mesmos aproveitaram para distribuir uma carta aberta a comunidade acadêmica do IFPB Picuí e a sociedade Picuiense explicando os motivos da paralisação. Confira abaixo a carta na integra e se quiser pode deixar o seu comentário:
A coordenação municipal do SINTEFPB (Sindicato dos Trabalhadores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Paraíba), Campus Picuí, vem a público esclarecer as razões da Greve, por tempo indeterminado, deflagrada pelos servidores do Campus Picuí, em assembléia realizada dia 03 de Agosto de 2011, com inicio determinado para 05 de Agosto de 2011. Inicialmente queremos dizer a todos (as) que não tomamos esta decisão de forma irresponsável. Antes de chegarmos a este ponto, o SINASEFE (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) e o conjunto das entidades representativas dos servidores federais empreenderam todos os esforços na tentativa de buscar, junto ao Governo Federal, uma solução negociada para as nossas reivindicações. Como não houve compromisso e abertura do Governo Federal para a negociação, apesar das diversas tentativas empreendidas, não nos restou outra opção que não a GREVE. Com essa atitude, queremos mostrar que continuaremos a luta pelo respeito a nossa categoria e pela manutenção de uma educação pública de qualidade para o povo brasileiro e no caso do SINTEFPB, Campus Picuí, para a população do Seridó Paraibano e das cidades circunvizinhas.
Faz muito tempo que enfrentamos inúmeras situações prejudiciais a nossa categoria e as nossas instituições de ensino. Uma das principais é a redução do orçamento da Educação. No corte orçamentário previsto pelo Governo Federal, no valor estimado em 50 bilhões de reais, mais de 3,5 bilhões já foram retirados das verbas destinadas a Educação. Essa redução agravou ainda mais a situação na rede federal de ensino: os concursos foram suspensos, alguns direitos básicos dos servidores estão sendo negados, subitamente redefinidos, ou mesmo retirados sem um diálogo com a representação sindical da nossa categoria. Isso mostra que o atual governo não está interessado em negociar com os trabalhadores da Rede Federal de Ensino.
Além do problema central do corte no orçamento da Educação, estão em tramitação no Congresso Nacional projetos que afetarão diretamente a vida dos professores e alunos. São projetos que definem, por exemplo, um congelamento de gastos com servidores e serviços públicos durante os próximos dez anos e que transformam a Avaliação de Desempenho do Servidor em instrumento de demissão e prevêem a retirada de direitos que nos mantiveram até hoje na luta pela manutenção da qualidade do ensino nas IFEs.
Além de nos preocuparmos com nossos salários e com nossos direitos econômicos e corporativos, também temos o interesse de defender e ampliar ainda mais a qualidade dos serviços que prestamos a sociedade. Nos últimos dez anos, a expansão da Rede Federal de Ensino tem exigido demandas que vão desde a estruturação das novas unidades, passando pela manutenção e a melhoria das que já tem décadas de existência. Isso sem falar na luta pela construção das unidades que ainda estão no papel e serviram para reforçar a campanha do atual governo. Para que a expansão da Rede Federal seja realizada, é preciso muito mais do que promessas e noticias vazias por parte do governo.
Diante dessa situação, queremos que o nosso movimento grevista tenha como principal função denunciar as práticas desse novo governo e também ser uma arma de luta para conseguirmos estabelecer um novo patamar de negociação que venham a atender minimamente as nossas reivindicações e as exigências de nossa comunidade escolar.
Para isso, contamos com seu apoio ao nosso movimento. Sua adesão será mais uma bandeira na luta para que o Governo Federal estabeleça um processo de negociação com o Sindicato Nacional (SINASEFE), como forma de resolver, o mais rápido possível, os impasses que venham a ser ocasionados devido à greve de nossa categoria.
Finalmente apresentamos abaixo as nossas principais reivindicações:
1- Reajuste de 14,67% para reposição das perdas salariais;
2- manutenção e ampliação de concursos públicos para docentes e técnicos-administrativos na Rede Federal de Ensino;
3- 30 horas semanais para os técnicos-administrativos de toda a Rede Federal de Ensino;
4- reestruturação da carreira docente;
5- defesa do ensino público, gratuito e de qualidade e;
6- emprego de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na Educação.
Concluímos esta carta aberta pedindo a vocês que apóiem o nosso movimento, pois necessitamos do envolvimento de todos na luta por uma Educação pública democrática e de qualidade, porque um governo que logo no inicio do seu mandato faz um corte de 3,5 bilhões do orçamento da Educação não está respeitando os (as) professores (as), os técnicos administrativos, os pais e os estudantes brasileiros.
SINTEFPB
CAMPUS PICUÍ
Clickpicui com SINTEF PB
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