Os servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) dos campi de Cajazeiras e Princesa Isabel deflagraram greve após assembléias nesta terça-feira (2). As unidades se uniram à paralisação já iniciada nos campi de João Pessoa, Campina Grande e Cabedelo. Picuí e Patos realizam assembléias nesta 4ª feira e também podem se unir ao movimento.
Mais de 10 mil alunos já estão sem aula por causa da greve nos Institutos. Com a adesão de todos os campi, o número deve ultrapassar os 12 mil. As últimas reuniões serão nesta quinta-feira (4), nos campi de Sousa e Monteiro.
De acordo com Arilde Franco Alves, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Paraíba (Sintesf-PB), alguns alunos no campus de João Pessoa protocolaram um pedido para que o restaurante do instituto e alguns laboratórios permanecessem abertos. “Mas isso não é possível, nós estamos mantendo apenas o essencial, como a segurança e o departamento médico, que estão fazendo um revezamento. A faxina, por exemplo, é terceirizada, então não cabe a nós. Os setores de comunicação e informática também não podem parar totalmente”, informou o coordenador.
Alves disse que o Governo ainda não tentou negociar. “Eles dizem que ainda não leram nossas reivindicações, dizem que não tem dinheiro, mas pro Maracanã nós sabemos que eles têm”, queixa-se. “Na próxima segunda-feira (8), vamos realizar uma assembléia para deliberar atividades. Vamos organizar atos no campus ou nas ruas”, declarou.
O coordenador do sindicato informou que o movimento ainda está tomando corpo e a greve deve ganhar mais força na semana que vem. “Muitos Institutos ainda não iniciaram suas aulas e as assembléias ainda estão acontecendo. Na próxima quarta-feira (10), teremos a reunião do comando nacional da greve pra tentar iniciar uma negociação com o Governo”, falou.
Segundo Alves as reivindicações não são de um reajuste salarial, mas sim por melhores condições de trabalho. “Entre outras coisas nós queremos a reestruturação da carreira docente e a equiparação do vale alimentação com os demais poderes (o Judiciário, por exemplo, recebe R$ 800 em vale alimentação enquanto nós recebemos R$ 304)”. O coordenador disse ainda que a categoria quer mostrar sua indignação com a PLP 549/2009, que visa congelar o salário dos servidores federais por dez anos.
Ao todo existem 38 institutos federais, sendo onze deles no Nordeste. Alves concluiu dizendo que a greve deve atingir todo o país.
Fonte: Click Picuí
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