Mais de duzentos interessados lotaram o auditório do SEBRAE, nesta terça-feira (5), para disputar os lotes de bens penhorados pela Justiça do Trabalho durante o Leilão Unificado das Varas do Trabalho de Natal. O leilão foi presidido pelo juiz do trabalho Décio Teixeira.
Quando o último processo foi apregoado, no meio da tarde, os números já indicavam um saldo positivo, com a arrematação de 66 lotes, mais da metade dos 114 que foram a leilão. Outros doze processos foram pagos ou conciliados antes do início do pregão. Durante o leilão, mais onze processos foram retirados da pauta.
No começo da noite, com os números finais contabilizados, o Leilão Unificado das Varas do Trabalho de Natal rendeu R$ 6.595.717,52. Desse total, R$ 95.4 95.863,24 foram para a Previdência Social. As custas judiciais renderam R$ 5.215,02.
Os terrenos e os imóveis foram os bens mais disputados pelos arrematantes. Outro destaque foi uma mansão com cinco suítes, construída em um terreno de 1.000m², na rua Pastor Joel Carlson, 1873, Capim Macio, de propriedade do advogado Anderson Miguel, ex-proprietário da A&G Locação de Mão de Obra, avaliada em R$ 600 mil e arrematada por R$ 350 mil, divididos em 30 parcelas.
Dentre os itens curiosos arrematados durante o leilão, o destaque foi um lote de nove urnas funerárias, anunciado pelo leiloeiro como “presente para sogra”, que terminou arrematado por R$ 300,00. “Era a quinta vez que esse lote vinha a leilão e ninguém se interessava”, observou o juiz Décio Teixeira.
Agora, os valores apurados pelo leilão serão repassados às Varas do Trabalho de Natal para o pagamento de dívidas trabalhistas das oito Varas do Trabalho de Natal.
Itorn
O prédio do Itorn, onde atualmente funciona o Hospital Ruy Pereira, em Petrópolis, seria leiloado nesta terça-feira, mas foi retirado de pauta em virtude de um acordo firmado pelo Governo do Estado com a juíza Maria Rita Manzarra, coordenadora da Central de Apoio às Execuções do TRT-RN.
Pela proposta, o prédio seria retirado do leilão em troca do compromisso de transferência para a conta judicial do TRT, pelo Governo do Estado, dos valores relativos ao aluguel do hospital nesse primeiro semestre. Só após a confirmação do depósito na conta judicial do TRT-RN, a juíza Maria Rita Manzarra se pronunciará sobre a forma de pagamento das dívidas trabalhistas do Itorn.
Ascom – TRT 21ª Região
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