A partir da próxima segunda-feira (1º), os servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) entram em greve por tempo indeterminado em João Pessoa. De acordo com Arlindo Franco Alves, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Paraíba (Sintesf-PB), os outros oito campi (Campina Grande, Cabedelo, Cajazeiras, Picuí, Patos, Sousa, Monteiro e Princesa Isabel) devem aderir ao movimento e pelo menos doze mil alunos ficarão sem aula.
Em João Pessoa, a previsão é de que sete mil alunos sejam prejudicados pela paralisação a partir da próxima segunda-feira. A decisão pela greve foi tomada durante uma assembleia realizada na quarta-feira (27).
Nesta quinta-feira (28), às 15h30, os servidores de Campina Grande se reúnem para decidir se aderem à paralisação. O coordenador do sindicato na cidade, Stênio Farias D'Avila, disse acreditar que os servidores vão votar pela greve. “A greve é iminente porque o Governo Federal não quer negociar”, afirmou.
Alves explicou que os servidores não estão reivindicando reajuste salarial, mas respeito do Governo com a educação e melhores condições de trabalho. “Entre outras coisas nós queremos a restruturação da carreira docente e a equiparação do vale alimentação com os demais poderes (o Judiciário, por exemplo, recebe R$ 800 em vale alimentação enquanto nós recebemos R$ 304)”. O coordenador disse ainda que a categoria quer mostrar sua indignação com a PLP 549/2009, que visa congelar o salário dos servidores federais por dez anos.
O coordenador Alves explicou que o Governo Federal não quer negociar com a categoria. "Na mesa e negociação o Governo tem apresentado um tom ácido", lamentou. Ao todo existem 38 institutos federais, sendo onze deles no Nordeste. Alves concluiu dizendo que a greve deve atingir todo o país.
Fonte: Paraiba1
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