Difícil achar um adjetivo para qualificar o que Santos e Flamengo fizeram nesta quarta-feira à noite, na Vila Belmiro, pela 12ª rodada do Brasileirão. Um show, um concerto, um espetáculo? É pouco. Foi, enfim, um jogo histórico, que será lembrado por muito tempo. No fim, o Flamengo, de Ronaldinho Gaúcho, que saiu perdendo por 3 a 0, acabou levando a melhor sobre o Santos, num 5 a 4 de encher os olhos, para apagar da memória dos torcedores brasileiros o burocrático futebol apresentado pela Seleção Brasileira na Copa América. O craque rubro-negro, enfim, mostrou a que veio quando retornou ao Brasil. Foi genial, como há muito tempo não era, marcando três gols, chegando a oito, artilheiro da competição. Neymar também brilhou, com dribles desconcertantes e dois gols, o primeiro antológico.
Ninguém tinha dúvidas de que seria um grande jogo, mas acabou saindo melhor, bem melhor mesmo, do que a encomenda. Craques dos dois lados, jogadas de efeito e muitos gols - um deles, de Neymar, uma obra de arte. Foram seis tentos apenas no primeiro tempo. As duas zagas sofreram muito e falharam demais também. Bom para o espetáculo, que começou com o Santos como protagonista.
Tocando fácil, de primeira, Ganso, Elano e Ibson se achavam em campo. E todos encontravam Borges. Elano, principalmente. Num lançamento primoroso, logo nos movimentos iniciais da partida, o meia largou o camisa 9 na cara de Felipe. Com extrema tranquilidade, o parceiro de Neymar deu um leve toque, o suficiente para tirar a bola do alcance do goleiro rubro-negro.
Fonte: Globo Esporte
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