quarta-feira, 27 de julho de 2011

Acessos por meio dos smartphones cresceram 138% no último ano

Acessar o Twitter ou o Facebook na sala de aula, no estacionamento, na corrida e até em alguns instantinhos na hora das refeições é uma atitude cada vez mais comum. Os usuários de smartphones e outros celulares que seguem o modelo podem acessar os perfis de qualquer lugar e, tendo isso em vista, as redes sociais investem em softwares para melhorar a qualidade dos sites nos aparelhos móveis. A necessidade de trocar informações sem se preocupar com tempo ou espaço virou característica importante da web.

No Brasil, o acesso à internet por dispositivos móveis cresceu 138% no último ano, segundo dados da empresa de consultoria em telecomunicações Teleco. O estudo revela ainda que, entre as diversas funções do ciberespaço, as redes de relacionamento estão entre as que ganham mais acesso. Cerca de 30% dos usuários futricam os perfis pelo celular. Mesmo em casa, a estudante de letras Amanda Freitas, 21 anos, usa mais o celular para estar on-line do que o computador de mesa e notebook. “É uma questão de comodidade. É mais prático”, explica.

O aparelho Nokia 63 é o companheiro de Amanda nas 12 horas que passa conectada. O sistema de rede sem fio em casa, shopping ou trabalho deixa o contato com Facebook e Twitter — os mais acessados na lista da estudante — mais intenso. Há duas semanas, tuitava 100 vezes ao dia, no mínimo. Agora tenta se livrar do vício, que o telefone móvel certamente aumentou. “Vou aos poucos. Por enquanto, virei só espectadora do microblog. Mas o Facebook não consigo largar.”

Embora não seja tão assíduo quanto Amanda, o agrônomo Domingos Junior, 26 anos, sempre saca o Motorola Atrix do bolso para espiar os recados nas redes sociais. Ainda não trocou definitivamente o computador pelo celular. Quando está em casa, mantém a preferência pelo desktop. “Mas quando a preguiça de ligar o PC bate, recorro ao mais rápido mesmo”, confessa. O tempo de conexão varia entre duas e três horas por dia em momentos picados. A exposição em 24 horas na web deixa Junior atento, mas no geral ele diz não atrapalhar. “É bom ter a internet sempre à mão. Muitas vezes, quebra um galho.”

Expansão

O fenômeno deve-se ao crescimento das vendas de smartphones. Dados da International Data Corporation (IDC) estimam que em 2011 a venda desses telefones portáteis deve crescer 55%. Com a chegada de fábricas desses produtos ao país e a diminuição dos impostos, a expectativa é de que o consumo supere o planejado. No exterior, já é possível ter diferenças nas aquisições. A The Nielsen Company divulgou que 23% dos celulares em uso nos Estados Unidos têm dispositivos de conexão. Em 2009, eram 16%.

Ao acompanhar o progresso eletrônico, a tendência é que até o fimdeste ano o número de usuários de banda larga móvel seja de 32 milhões no Brasil. Já os de banda fixa serão 17 milhões, de acordo com a Teleco. “Então, mobilidade, sem dúvida, é a palavra-chave para os próximos negócios na área”, cita João Moretti, diretor-geral da MobilePeople, empresa especializada em soluções móveis corporativas.

A missão é acompanhar o usuário em todos os lugares, explica Moretti. “Quem esquece o celular em casa, volta para buscar.” E os emaranhados eletrônicos ficaram fáceis. É só comprar um modem, comenta, para ter conexão em qualquer momento. Nesse sentido, a rede social ganha força. Mas quem não souber usar pode ter problemas. O perigo está no conteúdo indevido e na frequência exagerada do uso. “Mas todo mundo gosta de ganhar um tempo a mais e se comunicar rápido enquanto fica de bobeira fora de casa”, conclui Moretti.

Do DN Online

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