Na hora de acordar dá aquela vontade de continuar na cama. Quando vem a coragem para levantar, as dores no corpo e a sensação de cansaço incomodam muito. É bem provável que essas sejam características do modo como despertam pessoas cuja rotina não é permeada pela prática de atividade física.
Praticar qualquer esporte, mesmo uma única vez por semana, aumenta o período de dormir daqueles que sofrem de insônia crônica, problema que aumenta com a idade. E eles são muitos no Brasil, a dificuldade afeta aproximadamente um quarto da população, nada menos do que 46 milhões de pessoas. Baseando-se apenas nisso, já dá para deduzir que é preciso suar a camisa para ficar em paz com o travesseiro.
Principalmente pessoas de meia idade e idosos com diagnóstico de insônia podem conseguir benefícios significativos na duração e qualidade de sono com a prática de atividades físicas regulares. Em torno da meia idade, o sono começa a mudar drasticamente, e é essencial criar hábitos que ajudem a melhorá-lo. O exercício aeróbico é uma estratégia simples que ajuda a dormir melhor e a se sentir mais revigorado.
Mas também vale salientar que o exagero, assim como as modalidades competitivas, desgasta os músculos e libera ácido láctico, o que provoca dores generalizadas e faz o efeito inverso, nos deixando em claro. Se o exagerado não demora mais tempo para adormecer, ele tem um sono superficial e sai perdendo do mesmo jeito. A atividade física deve ser feita quatro horas antes de se deitar. Do contrário, sobra adrenalina e também fica difícil pregar os olhos.
Desta forma, os exercícios além de melhorar o condicionamento físico, podem aperfeiçoar o sono e o humor de pessoas que sofrem de insônia ou, pelo menos, não têm uma noite de sono plenamente tranquilo. Fazer exercícios ainda ajuda na redução dos sintomas da depressão, a ter maior vitalidade e menos sonolência diurna.
Características do sono
O sono tem cinco fases. Quem desperta no meio da noite porque é sedentário, por exemplo, volta para a primeira delas a todo instante, ficando boa parte da madrugada no sono superficial.
Nas pessoas ativas, as fases profundas não só duram mais como o sono é menos fragmentado. Elas despertam novas em folha.
Dormir bem em média, oito horas por dia é sinônimo de disposição, como sabem os felizardos que ficam na cama o tempo regulamentar. As funções cognitivas melhoram e até os ossos e os músculos se regeneram com maior facilidade.
É durante as fases três e quatro do sono que a glândula hipófise, na região cerebral do hipotálamo, fabrica seus hormônios, como o do crescimento, que estimula a síntese de proteínas e ajuda a recuperar as fibras musculares. Então, no dia seguinte, sobra pique para o esporte. Isso significa menor risco de lesões na prática de qualquer atividade, seja por culpa da fadiga muscular, seja porque a cabeça está mais lenta.
Aeróbicos ou anaeróbicos?
Em matéria de sono, a resposta é: tanto faz, desde que a atividade seja moderada e regular. Porém, alguns especialistas vêem nos esportes aeróbicos uma ligeira vantagem. Motivo: eles desenvolvem certas funções do corpo que influenciam indiretamente em uma noite de descanso ideal. O sistema respiratório, por exemplo, é mais exigido pela corrida do que pela musculação. E, quanto mais em ordem ele estiver, menores as chances de uma apneia, o popular ronco, e seus consequentes prejuízos para a recuperação completa do corpo durante a noite.
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