Os quadrinhos da Turma da Mônica, da Disney ou o estilo comics dos super-herois da Marvel encantaram gerações. Pouca gente sabe é que concomitante ao sucesso de Maurício de Sousa, se formava em Natal, em 1971, o primeiro grupo de quadrinistas do Brasil: o Grupehq (Grupo de Pesquisa e Histórias em Quadrinhos). Passados 40 anos, a cidade assiste hoje ao lançamento coletivo de 20 revistas em quadrinhos produzidas por potiguares. Será na Potylivros (próximo ao Natal Shopping) a partir das 19h.
A produção reúne autores de diferentes cidades do Estado: Macau, Rodolfo Fernandes, Umarizal, Tibau do Sul... Engloba trabalho de iniciantes e quadrinistas experientes, com trabalhos publicados até nos Estados Unidos. A idealização foi de um dos membros da atual formação do Grupehq, Luiz Élson a partir da parceria com a Fundação José Augusto, Casas de Cultura e a Gráfica Manimbu. A viabilidade do projeto foi possível graças ao edital Moacy Cirne, lançado em 2008 na gestão de Crispiniano Neto.O preço dos quadrinhos varia entre R$ 3 e R$ 5. É acessível e provoca o leitor a conhecer a produção do quadrinista local. É a intenção, segundo a quadrinista Milena Azevedo. Entre as edições há temáticas variadas. Desde o regional à ficção científica, passando por dramas, romances, histórias cômicas e até jornalismo em quadrinhos. É o caso da reportagem sobre a derrubada do estádio Machadão, escrita e roteirizada pelo jornalista Beto Leite e desenhada pelo artista visual Marcos Guerra.
Milena integra a turma de iniciantes nos quadrinhos, embora esteja engajada no assunto há mais tempo e seja proprietária da antiga loja Garagem Hermética Quadrinhos (GHQ), que atuou como única loja especializada em quadrinhos de Natal entre 2005 e 2008, loja virtual até o ano passado e hoje é um portal sobre quadrinhos; uma verdadeira revista eletrônica sobre o tema. "É edificante ao artista que tem seu trabalho lançado, mesmo sem o apuro técnico dos mais experientes. É um processo de evolução", disse a quadrinista,que lança hoje a revista Mosaico.
Entre os mais renomados está Gabriel Andrade Junior. O quadrinista potiguar assinou contrato de dois anos com os estúdios Avatar Comics - editora norte-americana proprietária dos direitos da personagem Lady Death, criada em 1990 e de apelo popular também no Brasil. Lady Death conta a história de Hope, que após ser falsamente acusada de bruxaria é condenada à fogueira e decide fazer pacto com forças do mal para voltar à Terra como representante do inferno na batalha final entre o bem e o mal.
DO DN Online
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