domingo, 9 de janeiro de 2011

Preço do material escolar varia em até 100% nas livrarias de Natal


Você já comprou o material escolar do seu filho? Não? Então, fique atento. Antecipar as compras, procurar um comércio mais popular e pesquisar o preço em várias livrarias pode fazer toda a diferença neste início de ano. Como os preços praticados pelas livrarias não são tabelados, você corre o sério risco de gastar dinheiro à toa se não seguir estas recomendações.
A equipe de reportagem do Diário de Natal visitou três livrarias, comparou o preço dos principais artigos escolares como lápis, caneta, apontador e borracha e constatou que a diferença supera, no mínimo, 100%. Este é o caso da caneta Compactor Economic vendida por R$ 0,45; R$ 0,69 e R$ 0,95. A equipe também constatou uma grande variedade de marcas de um mesmo item. Um corretivo pode sair por R$ 0,91 ou por até R$ 2,83 - valor três vezes maior - dependendo da marca.
O Procon municipal já se prepara para mais uma pesquisa de preços. De acordo com o diretor da assessoria técnica do Procon municipal, Elias Silva, o resultado será divulgado daqui a duas semanas. Enquanto a lista dos lugares que vendem mais barato não sai, ele orienta que os pais pesquisem bastante. Em 2009, o Procon municipal constatou diferenças de até 1.150% entre produtos de marcas iguais, como foi o caso do apontador plástico com um furo da marca Faber Castell, cujo menor preço era R$ 0,16 e o maior, R$ 2. Em 2010, a diferença de preços entre produtos de marcas iguais caiu para 900%, mas ainda continuou alta.
A diferença de preço é reflexo da falta de tabelamento no Brasil. Os valores são reajustados sempre no início do ano de acordo com os valores praticados no mercado e com os custos repassados pelos fornecedores. Em algumas livrarias, como a Câmara Cascudo, o reajuste varia entre 3 a 5%. Em outras, varia entre 8 a 10%.
Embora gerentes e proprietários de livrarias neguem reajustes abusivos, o coordenador geral do Procon/RN, Beto Madruga, reconhece que eles existem. Alguns chegam a ultrapassar a marca dos 10%, como verificam alguns consumidores. "No Brasil, o mercado é livre. Infelizmente, a gente não pode autuar. Não há nenhum parâmetro legal para isso. Por isso, o responsável pelo aluno deve pesquisar e comprar no local mais barato. Assim quem está vendendo mais caro vai sentir na pele".
Para Bira Marques, proprietário da livraria Câmara Cascudo, o ideal é não deixar para última hora. Assim, o consumidor tem mais tempo para escolher, pesquisar e negociar o desconto. "Quem se antecipa é melhor atendido, encontra mais variedade e leva os melhores produtos", enumera. Deixar para última hora não tem nenhuma vantagem. "A livraria não vai realizar promoção nem conceder descontos especiais", avisa.
Galba Fragoso é gerente da Livraria Arco Íris e diz que o movimento aumenta sempre a partir do dia 10 de janeiro. O chefe do setor de livros da Livraria Asa Branca, Fernando Costa, confirma e diz que, por enquanto, os pais procuram a livraria apenas para se informar dos preços e prazos. Para Fernando, os consumidores estão bem mais conscientes. De cada dez que entram na Asa Branca, nove solicitam orçamento e pesquisam os preços, apenas um leva sem consultar outras livrarias, segundo ele.
DN Online

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